Foto: Arquivo pessoal
Nesta sexta-feira, quando o assassinato da modelo santa-mariense Isadora Viana Costa, 22 anos completa um mês, será realizado um protesto que pedirá justiça no julgamento do caso, que aconteceu em Santa Catarina. A concentração para a caminhada será na Praça Saldanha Marinho.
- Hoje a gente vê as estatísticas de feminicídio e o número de casos que não são resolvidos, é apavorante. A gente só quer justiça pela Isadora. Eu conheci ela desde pequena, era uma menina muito doce, muito meiga. A gente que é mãe sabe a dor e o sofrimento que essa família está passando - conta Fátima Leonardi, 55 anos, que tomou a iniciativa para organizar a manifestação.
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A caminhada sairá às 17h da praça e percorrerá a Rua do Acampamento e Avenida Medianeira, até chegar ao Santuário Basílica Nossa Senhora da Medianeira, onde será realizada a missa de 30º dia de falecimento da jovem, às 18h.
O CASO
O caso, que é tratado como feminicídio, aconteceu em Imbituba na manhã do dia 8 de maio. Segundo o inquérito da Polícia Civil, Isadora foi assassinada dentro do apartamento do namorado*, que fica na área central da cidade catarinense. As investigações do caso tiveram início no dia do crime, quando a polícia foi acionada a comparecer no Hospital São Camilo com a informação de que Isadora morreu por causa desconhecida.
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O laudo da necropsia apontou que a jovem morreu por trauma abdominal. Conforme o resultado do exame, ela morreu entre 6h20min e 7h30min. Neste horário, apenas Isadora e o namorado estavam no local. Com isso, a Polícia Civil indiciou o namorado de Isadora por feminicídio. Em depoimento à Polícia Civil, o jovem negou o crime e chegou a dizer que a namorada sofreu uma overdose de entorpecentes.
O pedido de prisão preventiva contra o suspeito foi negado pela Justiça de Santa Catarina na última segunda-feira. De acordo com o Ministério Público (MP) catarinense, a promotora que acompanha o caso, pediu a complementação do laudo da necropsia e, também, outros exames que não foram solicitados antes de a Polícia Civil oferecer a denúncia contra o suspeito. Agora o inquérito volta para a Polícia Civil.
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Entretanto, conforme o MP, foi determinado ao suspeito que não frequente bares, boates e festas, além de não fazer uso de bebidas alcoólicas ou entorpecentes, de não manter contato com as testemunhas do caso e nem de deixar o país. O passaporte dele ficará retido. Ainda de acordo com o MP, a Justiça determinou que ele não se ausente de Imbituba, onde o crime aconteceu, por mais de sete dias sem autorização prévia.
*De acordo com o Manual de Ética do Diário, na esfera de investigação policial só são divulgados nomes de suspeitos em crimes dolosos contra a vida (homicídios e latrocínios), crimes de grande repercussão ou que gerem comoção social. Ainda assim, apenas quando houver prisão em flagrante, temporária ou preventiva decretada ou quando o suspeito confessar, em depoimento oficial à polícia, a autoria do crime.